Ontem vivi horas de pânico.
O Ralph desapareceu durante todo dia, não apareceu ao pequeno-almoço e às 20h ainda não tinha aparecido em casa.
Pânico de perder aqueles de quem gosto, para além da famÃlia e amigos, os meus cães.
Pânico de imaginar um cachorro muito puto a dormir sozinho sabe-se lá onde, sem comida, água ou atenção.
A minha faceta pessimista elevada ao cubo veio uma vez mais ao de cima, passaram-me pela cabeça 1001 opções horrÃveis, só faltou pensar que tinha sido raptado por extraterrestres... e ainda me passou pela cabeça que tivesse alguma coisa a ver com a mordidela do dia anterior, o puto tem a mania de se esconder durante umas horas quando sabe que fez asneira, mas eu estava convencida que tinha sido o meu inho que me mordeu...
Uma espiral de pensamentos negativos que me estava a levar para o fundo do poço, só pensava, onde, onde é que eu o posso procurar.
Um telefonema que interrompeu a aula, e na quinta lá terei de levar o bolo da praxe, e que me fez correr para fora da sala depois de um entschuldigung debaixo do olhar incrédulo do professor e dos colegas arrancou-me a este abismo.
O sorriso e o alÃvio que trazia quando voltei à sala foram o suficiente.
Tentar viver os dias sem pensar que a qualquer momento posso perder aqueles que amo.